terça-feira, 20 de maio de 2014

[ENTREVISTA] S. D. Gold


A muito simpática e disponível escritora S. D. Gold, autora do romance erótico Hoje é melhor do que para sempre aceitou responder a algumas questões ao blogue Romances & Outros.
S. D. Gold, obrigada pela atenção!
 
 


Melissa Nogueira: Tem havido um enorme secretismo no que concerne à sua identidade. Deve-se tal ao género erótico e escrita explicita de “Hoje é Melhor do que para Sempre" e a uma necessidade de proteger a sua imagem e de não ter a sua imagem associada a este género literário ou apenas uma questão de privacidade?

S. D. Gold: A minha opção de não revelar a identidade não é motivada por capricho ou porque não me orgulhe do livro. Na realidade, adorava dar a cara por ele! Mas acho que poderia ser prejudicada pelo preconceito, que infelizmente ainda existe, e constrangida no exercício da minha profissão. Hoje, ainda acredito que a sociedade é muito fechada em relação a alguns temas. E não quero arriscar ter de escolher entre a minha profissão e ser autora de um romance erótico.




MN:  Surgiu uma enorme curiosidade acera do pseudónimo com que assina a sua mais recente, este tem algum significado particular? Pode partilhá-lo connosco?


SDG: Posso dizer que não foi escolhido ao acaso e que tem um significado. E posso revelar que o “Gold” está relacionado com o valor que dou à possibilidade de realizar este sonho.

 



MN: Existe algum fundo biográfico neste romance? As personagens e/ou os acontecimentos são inspiradas em pessoas/factos reais?


SDG: Todas as personagens são ficionais. São certamente inspiradas em pessoas e momentos que tenha conhecido, ou por experiência própria ou em livros e em filmes. Acho que é impossível desenhar personagens desprovidas de qualquer associação a algo que nos é familiar ou conhecido.

 


MN: O género erótico/sensual esteve durante muitos anos abafado e escondido, tornando-se motivo de vergonha e rejeição. Agora, com o boom que surgiu de autores e com o reconhecimento público deste estilo de romance, não tem medo que o seu livro seja banalizado?

 
SDG: Acho que só pode acontecer duas coisas quando as pessoas lerem o livro: ou gostam ou não gostam. Quando nos expomos ao público, temos de estar preparados para tudo. E eu estou. Acho que o livro tem qualidade e que não é vulgar nem gratuito. Sei que este genério literário tem conquistado cada vez mais leitores. Acho que cada vez menos corre o risco de ser banalizado.
Não tenho medo que isso aconteça.

Apenas espero que deem oportunidade a este livro, que tenham interesse em conhecê-lo. Depois, logo se verá.




MN: Acredita que este estilo literário, que tanto atrai as mulheres, seja a escrevê-los ou a lê-lo, tem funcionado como uma forma de afirmação de liberdade feminina e da sua sexualidade no séc. XXI?

SDG: Sem dúvida. Este género literário não é novo. Já no século XX se destacaram vários autores de renome, como Anaïs Nin, Simone de Beauvoir ou Henry Miller. Começou por ser de leitura clandestina, mas num meio de elite. Agora, está acessível a todos e essa possibilidade também é uma conquista da emancipação feminina. As mulheres são hoje mais livres e isso reflete-se em todos os campos. Um deles, de grande importância, é o da sexualidade.




MN: Apesar de tudo, “As 50 Sombras de Grey” foram o grande impulsionador deste género literário e qualquer obra que surge neste universo é imediatamente comparada com o antes referido. Confirmando isto, é presente nas redes sociais esta confrontação entre o seu romance e os de E. L. James, o que pensa sobre esta realidade?


SDG: Tenho muito respeito pela autora E. L. James, assim como por qualquer outro autor de todos os géneros literários. Não me incomoda nada que "Hoje é melhor do que para sempre" seja comparado à trilogia “As 50 Sombras de Grey”. Pessoalmente, acho-os distintos, mas é a minha opinião. Mas a melhor forma de descobrirem é mesmo lerem o meu livro. E depois contem-me o que acharam.

 



 MN: Pode-nos avançar com um teaser do que o leitor pode esperar ao ler “Hoje é Melhor do que para Sempre"?

 
SDG: Este livro tem dois protagonistas, um homem e uma mulher, ambos jovens adultos e no auge da sua sexualidade. Conta a história dos encontros e desencontros deles, da forma como se relacionam entre si e com os outros, das aventuras que vivem, das ambições e das fantasias. É um enredo de paixão, que explora a luxúria e o desejo, e a forma como se quebram regras e se ultrapassam os limites do corpo e da mente.

Maxwell Fox e Viviane Rose têm uma ligação intensa, que vai surpreendê-los e mostrar-lhes que há coisas que não conseguimos controlar.





MN: Afirma que sempre escreveu e que é algo que faz constantemente, já existem outras obras publicadas em Portugal da sua autoria? Haverão outras futuramente?

 
SDG: Nunca tinha escrito um livro. Tenho o hábito de escrever e faço-o sobre os mais variados temas. Mas nunca tinha concluído uma história que me fizesse sentido partilhar. Até agora.



MN: Existe mais alguma informação que gostaria de adicionar a esta entrevista?

 
SDG: Gostaria de dizer que o facto de não revelar a minha identidade não tem de me tornar mais distante. Pelo contrário! Pretendo estar próxima de quem lê. Gostava que as pessoas me comentassem o que acham do livro, criticassem, esclarecessem dúvidas, partilhassem a experiência de leitura.

Para isso, estarei sempre disponível através da página do facebook (http:www.facebook.com/hojeemelhordoqueparasempre) ou por email (
hojeemelhordoqueparasempre@gmail.com).

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